Empreendedorismo feminino

Ser empreendedor é desafiador, e pode ser ainda mais para as mulheres. Porém, ao enfrentarmos desafios todos os dias, na maioria das vezes, acabamos nos destacando com o negócio escolhido. 

De acordo com o Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas -, as mulheres empreendedoras somam mais de 10,1 milhões no mercado, sendo que 85,6% delas administram sozinhas o seu negócio. Esse número representa mais de 34% do total de empreendedores no Brasil.

Claro que a dificuldade e os desafios podem variar conforme o contexto cultural, econômico e social de cada região. É comum que em algumas áreas esse desenvolvimento seja mais fácil, como na de beleza e moda, e em outras, mais difícil, como na área esportiva e automobilística, por existir certo preconceito – o “não é coisa de mulher”.

Eu já tive diversos negócios antes de ter sucesso; já fui dona de restaurante, carrinho de lanche, barraca de mensagem e outros negócios, antes de investir na área da Beleza. Enfrentei muitos desafios, principalmente ligados a dinheiro e por não ter ninguém para me ajudar ou apoiar. Por isso, hoje, se vejo potencial em empreendedoras que estão tentando abrir o próprio negócio, eu tento ajudar de alguma maneira.

Em alguns setores mais tradicionais do empreendedorismo feminino, como beleza, moda e afins, são as mulheres que trazem inovações para o mercado, já que são modelos de negócios bem conhecidos, mas com alta competitividade. Por isso, é preciso entregar algo diferenciado, inovações, para que sua empresa chame mais atenção que as outras, e não se torne só mais um no mercado: somente com uma proposta diferente é possível se destacar.

A minha história não começou diferente da maioria dos empreendedores: fui criando de acordo com a necessidade e a dificuldade do momento. Eu considero que o empreendedorismo é um dom, e que você pode desenvolvê-lo. É uma atitude diante da vida.

Mas é fato que é preciso ter determinação para vencer os desafios. Eu cito quatro, que julgo serem os principais que as mulheres enfrentam no empreendedorismo.A boa notícia é que, apesar desses desafios, as mulheres empreendedoras têm demonstrado resiliência e criatividade para superá-los.

  1. Falta de Representação: afalta de representação feminina em cargos de liderança e em setores tradicionalmente masculinos pode dificultar o desenvolvimento de redes de contatos e modelos de referência para mulheres empreendedoras. Esse comportamento faz com que as empresárias sejam vistas com pouca credibilidade por clientes e investidores.

  2. Acesso a Financiamento: mulheres empreendedoras muitas vezes têm mais dificuldade em obter financiamento do que seus colegas do sexo masculino. Isso pode ser devido a preconceitos de gênero, falta de redes de contatos ou estereótipos sobre o risco associado aos negócios liderados por mulheres. 
  3. Desigualdade Salarial e Econômica: a desigualdade salarial e econômica entre os gêneros pode afetar a capacidade das mulheres de investir em seus negócios, economizar ou buscar oportunidades de crescimento.

  4. Networking: é importante que mulheres tenham uma rede de apoio e juntem-se a outras colegas de profissão para trazer inspiração e possam analisar outras possibilidades de negócio.

Luzia Costa @luziacosta é CEO da Sóbrancelhas @sobrancelhasoficial, rede de estética facial, cuja primeira loja foi aberta em Taubaté, em São Paulo. Hoje, conta com 200 unidades espalhadas em três países da América Latina (Brasil, Argentina e Bolívia) e em julho passado inaugurou uma unidade na cidade de Coimbra, em Portugal. A marca foi pioneira nos serviços voltados para o olhar e a beleza do rosto atuando com o modelo de quiosques. A empresária já conquistou diversos prêmios, como Grandes Mulheres, na Categoria de Médias Empresas (Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios – PEGN – e Facebook); Destaque Empresarial 2018 & Revelação na área de Empreendedorismo Social; Prêmio Empresário do Ano Top of Quality Gold Internacional, Certificado de Franquia Internacional 2019, 2020 e 2021; Melhores Franquias 2022 e 2023, entre outros.

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