Fios em queda livre: os tratamentos que são sucesso

Estresse, má alimentação, noites insones e efeitos colaterais causados pelo covid-19 tornaram a queda de cabelo uma das principais reclamações nos consultórios e clínicas de beleza, dermatologia e estética durante a pandemia. Veja a seguir como lidar com estes problemas e o que a Estética tem a oferecer para clientes cada vez mais ansiosos (as) por resultados rápidos e efetivos

Karina Hollo (@karinahollo)

Quando o mundo todo parou por conta do coronavírus, uma das principais queixas após alguns meses era a queda capilar – mesmo entre quem se recuperava da COVID-19. “A queda de cabelo pós-covid está sendo uma realidade. Tenho muitas clientes reclamando desta situação”, diz o terapeuta capilar Rodrigo Tanamati, do Hair Spa do C. Kamura, em São Paulo, que faz o diagnóstico do fio e couro cabeludo, e realiza o tratamento mais indicado para o caso. A má alimentação gera deficiência de vitaminas (como o ferro, a vitamina B12 e D) e tem influência na nutrição do folículo piloso. “Medo e ansiedade, causados pela pandemia, geraram um stress emocional profundo em algumas pessoas e isso pode resultar na queda dos fios”, observa ele. E há a resposta inflamatória do organismo. “Ela interfere no ciclo capilar sinalizando para que os fios entrem em fase de queda, o que é chamado de ‘eflúvio telógeno’ entre os médicos”, explica a dermatologista Paula Amorim, responsável pelo núcleo de tricologia da Clínica Juliana Piquet,no Rio de Janeiro. A queda se inicia em média de dois a quatro meses após a infecção e pode se manter por 3 a 6 meses, com intensidade variada.

“Nossos fios e couro cabeludo sofreram muito em 2020. A queda de cabelos foi a queixa campeã de reclamações no consultório por conta, principalmente, do estresse provocado pela pandemia. O problema também foi comum em pacientes pós- Covid, devido ao processo febril e infeccioso da doença”, conta Danielle Aguiar, chefe do Centro de Tratamento Capilar Paula Bellotti, dermatologista, do Rio de Janeiro. Ela diz que além disso, muitas pessoas apresentaram uma piora em quadros de dermatite seborreica, com coceira, descamação e feridinhas no couro cabeludo. Essas alterações afetam a nossa pele e contribuem para que os fios entrem precocemente na fase telógena, que é quando se desprendem dos folículos e caem.

“Além do eflúvio telógeno, outra causa de queda de cabelo que se acentuou durante a pandemia foi a alopecia areata. De origem autoimune, tem diversas apresentações clínicas, sendo que a queda pode ser em áreas focais ou difusamente pelo couro cabeludo. É uma doença na qual existe uma predisposição genética para seu desenvolvimento e um dos principais gatilhos para seu aparecimento é o estresse psicológico/ trauma”, avisa Ana Carina Junqueira, pioneira na área de tricocologia, à frente do Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisa em Medicina Capilar (IBMEC), especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e especializada em Tricologia pela Universidade de Minessota, nos EUA. 

Diagnóstico preciso

A médica salienta que o primeiro passo para o sucesso de qualquer tratamento é identificar a origem do problema: se é uma queda passageira, uma queda associada a algum problema infeccioso, inflamatório, genético, hormonal, ou ainda, de origem nutricional, emocional ou medicamentosa. “No Centro de Imagem Diagnóstica PB, contamos com o auxílio da Inteligência Artificial, presente no HairMetrix, um novo software capilar que permite uma análise precisa do couro cabeludo e fios. Ele age como um scanner, aumentando bem a área de visualização e fornecendo imagens clínicas com dados detalhados sobre unidades foliculares, espessura, presença de inflamação ou cicatriz. Essa tecnologia é hoje uma aliada fundamental em nossa prática diária, não somente para a prescrição correta dos protocolos, como também no acompanhamento de todas as fases do tratamento”, diz Danielle. Entre as novidades em tratamentos, destaca-se a plataforma pneumática, que age por meio de um jato periférico de alta pressão, capaz de criar uma abertura milimétrica na superfície no couro cabeludo, entregando medicamentos e substâncias importantes lá dentro para estimular o crescimento de novos fios. “Tudo isso sem necessidade do uso de agulhas. Tecnologia ideal para aqueles pacientes mais sensíveis a dor ou que tenham fobia a injetáveis.” Para potencializar os resultados, ela pode ser associada a outros procedimentos, como o microagulhamento robótico e os lasers fracionados não-ablativos, os de baixa intensidade (LLLT) e os holográficos, que estimulam a circulação sanguínea local e fatores de crescimento, promovendo o aumento da espessura e do diâmetro do fio, além de melhorar a absorção de vitaminas e outros ativos.”

Terapias capilares

A terapia capilar é um método de prevenção e tratamento de doenças relacionadas ao cabelo e couro cabeludo. Ela tem como função minimizar e até eliminar agressões externas ou qualquer outro desequilíbrio causado por procedimentos químicos ou emocionais. A terapia pode ser em conjunto com tratamentos dermatológicos, ou não, de acordo com o caso e a gravidade das queixas.

Em relação ao tratamento, não existe algo específico para a queda pós-covid. “Quando o volume de fios perdidos é muito grande ou se estende por um longo período, podemos lançar mão de tratamentos na clínica com Microinfusão de Medicamentos na Pele, Microagulhamento robótico com drug delivery ou Mesoterapia. Em todos eles, aplicamos medicações que vão agir no folículo acelerando a entrada na fase de crescimento do ciclo capilar e revertendo a queda”, diz Paula.

Segundo a terapeuta capilar Cintia Araujo, do TP Beauty Lounge,no Rio de Janeiro, em média dois clientes por semana chegam ao salão reclamando da queda de cabelo, seja em função do vírus ou da preocupação que ele causou. O eflúvio telógeno é temporário, mas nessa fase o couro cabeludo pode ficar mais sensível e dolorido ao pentear e prender o cabelo. “O terapeuta capilar, nesses casos, vai entrar com a reposição de sais minerais, proteína, colágeno, lipídio e ácido graxo. Ou seja, tudo que compõe a parte de suplementação capilar para fortalecer o fio e manter a haste no bulbo saudável”, fala ela. Os tratamentos indicados são a Fototerapia, que estimula a irrigação sanguínea e faz com que os nutrientes que você coloca na terapia capilar se fixem melhor na parte da papila dérmica, ou a Laser Terapia na função de eflúvio telógeno, diz Cintia. No salão ou em clínica, o tratamento de suplementação capilar dura em média duas horas. “Primeiramente, vem a parte de peeling do couro cabeludo, para remover as células mortas, controlar a oleosidade e melhorar a microbiota. Depois, a higienização, com shampoos com ativos para fortalecer e minimizar a queda, e uma reconstrução com ingredientes como proteínas, aminoácidos, sais minerais e ácidos graxos, para melhorar a qualidade do fio e o afinamento causado pela queda”, conta Cintia. Em seguida, é feita uma nutrição ou hidratação, de acordo com o diagnóstico feito pelo terapeuta, e a secagem do couro cabeludo e do fio, evitando a tração mecânica (escova, prancha e babyliss). 

Outra opção é a carboxiterapia capilar. Indicada para homens e mulheres que apresentam queda de cabelo persistente, promove oxigenação e nutrição do couro cabeludo, gerando crescimento e também o nascimento de novos fios.

“Para queda, utilizo dermocosméticos naturais e o capacete de LedTerapia, com tecnologia de ponta, que possui efeitos anti-inflamatórios, melhorando a oxigenação e a alta frequência, que descongestiona e acalma o couro cabeludo. Aqui a gente usa o @capelluxoficial, que estimula a oxigenação do couro cabeludo e melhora a qualidade dos fios”, fala Rodrigo. Entre os dermocosméticos, há os enriquecidos com fitocêuticos da cafeína, que estimulam a microcirculação do couro cabeludo, ativos anti-inflamatórios e antioxidantes, da Davines; a Terapia Oxigenante da Biologique Recherche, específico para oxigenar o couro cabeludo e fortalecer o cabelo, indicado para fios frágeis e couro cabeludo desvitalizado. E ainda a Terapia Nioxin, um sistema de 3 passos para combater o afinamento dos fios. “É o skincare do couro cabeludo: higienizar, hidratar e tonificar a pele, criando um ambiente saudável para o crescimento dos fios”, diz Rodrigo.

No spa

O spa do IBMEC conta com tratamentos à base de produtos botânicos, de origem vegetal com propriedades anti-inflamatórias e estimulantes de crescimento capilar. “Também inclui procedimentos que estimulam a circulação do couro cabeludo, promovendo melhor absorção dos nutrientes do organismo e das medicações e/ou produtos utilizados para o tratamento”, conta Ana Carina. Os rituais capilares no spa promovem ainda uma remoção do excesso de partículas no couro cabeludo como poluição, escamas e oleosidade, deixando o couro cabeludo mais saudável, receptivo a qualquer tratamento e propício ao crescimento saudável dos fios.

FRASES

“Nossos fios e couro cabeludo sofreram muito em 2020. A queda de cabelos foi a queixa campeã de reclamações no consultório por conta, principalmente, do estresse provocado pela pandemia. O problema também foi comum em pacientes pós- Covid, devido ao processo febril e infeccioso da doença”

Danielle Aguiar, dermatologista e chefe do Centro de Tratamento Capilar Paula Bellotti, do Rio de Janeiro

“Outra opção é a carboxiterapia capilar. Indicada para homens e mulheres que apresentam queda de cabelo persistente, promove oxigenação e nutrição do couro cabeludo, gerando crescimento e também o nascimento de novos fios” Cintia Araujo, terapeuta capilar do TP Beauty Lounge,no Rio de Janeiro

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