“How can I help?” Esta frase em inglês – Como posso ajudar?, na tradução para o português – é o mantra da principal personagem da série médica New Amsterdan (Netflix, disponível em 2 temporadas): o médico Max Goodwin (interpretado pelo talentoso Ryan Eggold). Recém nomeado diretor do hospital que leva o nome da série, ele defende a implantação da chamada “medicina humanizada”, do atendimento personalizado e da busca pela melhora da relação médico-paciente.
E o que tudo isso tem a ver com o profissional de estética e beleza? Absolutamente tudo. Embora as práticas sejam diferentes em alguns aspectos, quando um cliente/paciente entra em um hospital, clínica ou centro estético, o que ele busca é mais do que a “cura” para o que o aflige. Ele quer ser ouvido, deseja que o que diz ter seja aceito como verdade, reconhecido como incômodo e diagnosticado e tratado conferindo bem-estar, saúde e felicidade. Pacientes e clientes anseiam, antes de tudo, por sua atenção, seu carinho, sua dedicação e, sim, sua ajuda e seu talento no diagnóstico e tratamento.
Nestes tempos de afastamento e isolamento sociais, confinamento em alguns lugares e home office, experimentamos mais momentos introspectivos, de solidão e até de abatimento. Estamos todos (ainda) impactados com este distanciamento imposto e com as perdas sofridas. Isto – segundo pesquisas – nos deixa mais frágeis, vulneráveis e ansiosos pela retomada do que nos faz humanos, ou seja, a explosão de sentimentos. A retomada dos atendimentos coloca os profissionais da beleza e da estética com desafio ainda maior porque quem chega para atendimento carrega toda essa desgovernada carga emocional, toda carência acumulada e desejo de ficar e parecer o melhor possível da forma mais rápida. Acolher, sim, “acolher” e não apenas receber estas pessoas é parte do que vai definir que tipo de profissional você que está lendo esta coluna é, foi ou deseja ser. Prepare-se para esta missão, estenda a mão, os ouvidos e o coração para todos. Que tal começar perguntando para a clientela, para a equipe e para os colegas de área: “Como posso ajudar?”