A eficiência da corrente galvânica no tratamento de estrias

As estrias afetam homens e mulheres, mas, independentemente do gênero, as cicatrizes tornam-se questão de desagrado para quem as apresenta – nas mulheres são mais comuns, pois é o gênero mais propenso ao surgimento das marcas devido à gravidez e ao efeito sanfona.

De maneira clara, as estrias são lesões que surgem após a degradação das fibras de elastina presentes no corpo – e em muitos casos são lineares e extensas. Quando a pele estica de maneira excessiva e, posteriormente, diminui de forma rápida, essa fibra se transforma em inflamação (linhas que são formadas por causa da diminuição da espessura da derme e da epiderme).

Na primeira fase do quadro, quando as cicatrizes são avermelhadas ou arroxeadas, é recomendado tratamento imediato, pois posteriormente têm-se as linhas brancas, as chamadas estrias envelhecidas.

Elas podem surgir em qualquer lugar do corpo, porém áreas que sofrem com maior estiramento da pele são braços, barriga, glúteos, coxas, seios e costas, locais onde são mais recorrentes.

As opções para tratar essas inflamações vão desde esfoliação e uso de ácido retinóico a peelings e laser fracionado. Mas, recentemente, observei que a estimulação da corrente galvânica contribui para a renovação da pele e o aumento da produção de colágeno.

Isso porque a corrente galvânica é contínua e utilizada com eletrodos para polarizar os polos positivo e negativo, induzindo correntes de baixa frequência na pele. Particularmente, uso uma caneta com uma agulha na ponta para realizar os tratamentos.

No caso das estrias, a corrente galvânica, ao atravessar os tecidos do corpo humano, lesiona o local para que o mesmo se regenere e, com isso, consiga realizar uma nova formação da fibra elástica.

A estimulação galvânica é feita com um aparelho de aplicação de corrente elétrica direta – corrente galvânica, também chamada voltaica ou contínua. Ela é unidirecional e essencialmente polarizada, de baixa frequência e com fluxo constante de elétrons em uma única direção.

Nos tratamentos realizados com esse método, os resultados são satisfatórios tanto nas estrias de coloração branca quanto vermelha, porém se as rupturas estão recentes, sendo assim avermelhadas, é muito mais fácil reverter o quadro.

Para se obter resultado mais rapidamente, as sessões devem ser realizadas duas vezes por semana, com intervalos de 48 a 72 horas.

Como a corrente vai trabalhar diretamente na pele do paciente por meio de correntes de baixas frequência, alguns efeitos inflamatórios podem surgir como pequenas lesões. Porém, o local lesionado se regenera em pouco tempo, pois esse efeito significa novas formações da fibra elástica.

No caso de pacientes que têm um tecido muito sensível pode acontecer inflamação na região por três a cinco dias – nesses casos aumenta-se o intervalo entre uma aplicação e outra. As inflamações são ocasionadas devido à ruptura na pele para aceleração dos fibroblastos responsáveis pela biossíntese do colágeno.

Daniela López é esteticista, graduada em Estética e Cosmetologia com pós-graduação em Intradérmicos e Subcutâneos; Estética Avançada e Biomedicina Estética. Idealizadora do Peeling Orgânico, a profissional também é presidente da SindEstética, atua em prol da regulamentação da atuação de profissionais estéticos e cosmetólogos em todo país; autora do livro A História da Legislação da Estética e Cosmetologia no Brasil; pesquisadora no campo clínico e fundadora da Escola Superior de Estética e Cosmetologia (ESEC), a primeira escola de ensino superior de Estética e Cosmetologia no Brasil. www.linkedin.com/in/danielalopez/

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