5 ativos-sensação contra o melasma

Apesar de algumas tecnologias ajudarem a remover mais rapidamente as manchas, caso dos lasers de baixa intensidade, do microagulhamento e dos peelings, os principais agentes no tratamento do melasma continuam sendo os clareadores tópicos. Pudera, já que, ao serem aplicados sobre a pele, eles reduzem a produção de melanina e clareiam as manchas já existentes. Conheça aqui cinco queridinhos dos profissionais da área e em quais situações cada um é mais indicado

Shâmia Salem (@shamiasalem)

Melasma é uma das doenças mais comuns da pele. E, apesar de não ser sentida, já que não dói nem coça ou sequer tem sintomas específicos, ela é visível e, por isso, compromete tanto a autoestima. “Cerca de quatro em cada dez pessoas que têm melasma dizem que a mãe, uma irmã ou um tio também possuem manchas. Isso significa que quem tem histórico do problema na família está mais suscetível a também sofrer desse mal. Porém, esse não é o único sinal de que você está em risco. Afinal, a exposição crônica ao sol é o principal elemento que leva ao desenvolvimento do melasma, o que explica porque os homens também têm manchas. Mas, as mulheres continuam sendo as maiores vítimas, já que as alterações hormonais também desencadeiam manchas”, avisa o dermatologista Hélio Miot, professor de dermatologista da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

O rosto é o que mais sofre. “Isso porque ele fica exposto o tempo todo, ao longo de toda a vida. E, as áreas mais atingidas são as mais altas, caso de testa, bochechas, nariz e acima do lábio superior. O corpo, porém, também é alvo das manchas, principalmente nas regiões que ficam mais à mostra no dia a dia, como o colo, o pescoço e os braços”, complementa a esteticista Gleyde Lopes, de São Paulo. “Seja qual for a área atingida, ela pode ser tratada, sendo que a base para esse cuidado inclui: hidratação, já que toda pele manchada possui defeito em sua barreira de proteção natural, tanto que ao olhá-la no microscópio você verá que ela é mais achatada e mais fina do que uma pele que não tem melasma; uso de antioxidante, já que o estresse oxidativo favorece a formação de manchas; e aplicação de protetor solar tonalizado, por ele ser capaz de bloquear com mais eficácia os efeitos nocivos da radiação solar, que é o maior estimulante do melanócito, a célula responsável por produzir melanina, que é o pigmento que dá cor à pele”, esclarece o dermatologista e professor de dermatologia da Universidade São Camilo Daniel Cassiano, que afirma que os principais agentes no tratamento do melasma são os clareadores tópicos.

Ativos-sensação

Verdade seja dita, mesmo sendo bastante eficazes, os ativos sozinhos não são suficientes para clarear manchas. “Geralmente, é preciso complementar o tratamento com o uso de um clareador oral, caso do ácido tranexâmico, que inibe o aumento da produção de melanina sempre que a pele sofre uma agressão, como a exposição solar e a inflamação por acne; e ingerir os chamados protetores orais ou antioxidantes, que ajudam a reduzir os efeitos nocivos da radiação ultravioleta na pele, como é o caso do polypodium leucotomos e do pycnogenol. Dependendo do caso, ainda pode ser necessário realizar algum tratamento complementar, como microagulhamento e laser Q-Switched, considerado padrão ouro no tratamento de manchas”, lista o dermatologista Daniel Cassiano, que é cofundador da clínica GRU Saúde, em Guarulhos (SP), que lista a seguir cinco ativos queridinhos dos profissionais da área de estética:

1. HIDROQUINONA

top das galáxias

Trata-se do mais potente e mais estudado inibidor da tirosinase, uma enzima que participa da produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. “Por ter efeito clareador rápido, é tido como tratamento de ataque. O lado B é que a hidroquinona não pode ser utilizada por muito tempo nem em altas concentrações, já que ela literalmente mata o melanócito, que é a célula produtora de melanina. Quando isso acontece, a área em que o ativo é aplicado fica com hipocromias em confetes, como são chamadas as inúmeras e pequenas manchas brancas arredondadas que surgem na pele”, explica o dermatologista Daniel Cassiano, doutorando em medicina translacional pela Unifesp. “Por tudo isso, a hidroquinona é utilizada por períodos que não ultrapassam os três meses e em concentrações menores do que 4%; e, mesmo assim, com acompanhamento profissional. Porém, em pacientes sensíveis à hidroquinona, podemos adotar a chamada fórmula tripla, que associa hidroquinona com ácido retinóico e corticoide”, completa ele.

2. ÁCIDO RETINÓICO E SEUS DERIVADOS

ótimo para peles envelhecidas

“Uma pele com melasma é sempre uma pele envelhecida”, diz o dermatologista Daniel Cassiano. Isso porque o principal estímulo para o aparecimento das manchas é a exposição exagerada ao sol e uma pele manchada também é desidratada, pois tem sua barreira de proteção natural achatada, afinada, prejudicada enfim. Tudo isso ajuda a entender porque quando a paciente é madura ela tende a ter mais sucesso com tratamentos à base de retinol, retinaldeído e demais derivados do ácido retinóico, que é um derivado da vitamina A. Apesar deles não terem ação clareadora direta, estimulam a renovação celular, eliminando as células envelhecidas e manchadas e fazendo com que células novas, mais oxigenadas e mais nutridas cheguem à superfície da pele. O único cuidado é que esse ácido é fotossensível, o que reforça que aplicar filtro solar com cor é primordial.

3. ALFA-ARBUTIN

para manter e prolongar a beleza

Extraído de uma planta, o alfa-arbutin se destaca por atuar de forma bastante parecida com a hidroquinona, suprimindo a produção exagerada de melanina, porém, de maneira mais segura, sem riscos de provocar o aparecimento de manchas brancas na pele. “Por não ser agressivo, clarear e uniformizar a tonalidade da pele, é uma excelente opção para pacientes jovens, que buscam manter a pele saudável, bonita e radiante”, diz o doutor Daniel Cassiano, que gosta de associar o alfa-arbutin ao ácido kójico, que é obtido da fermentação do arroz e é capaz de retirar o cobre e o ferro de dentro da pele, ambos diretamente relacionados à produção da melanina.

4. CISTEAMINA

mau cheiro ficou no passado

Segundo o dermatologista Daniel Cassiano, a cisteamina é um dos melhores e mais antigos clareadores para manchas escuras resistentes e não é fotossensível. Mesmo com todos esses benefícios não era usado por ter um cheiro terrível. Mas, recentemente a indústria farmacêutica conseguiu eliminar esse fator limitante, tornando o ativo uma opção bastante interessante para aquele paciente que já usou hidroquinona várias vezes ou tentou tratar o melasma de outras maneiras e não teve sucesso em nenhuma delas. “A cisteamina ainda se diferencia de outros clareadores por ser usada como terapia de contato rápido, assim chamada por poder ficar na pele por apenas três horas, quando deve ser removida. Esse tempo de ação é suficiente para ela inibir a ação da enzima tirosinase e favorecer o clareamento cutâneo”, afirma o médico.

5. ÁCIDO AZELÁICO

até grávidas podem usar

Apesar de não ser tão eficaz quanto a hidroquinona, o ácido azeláico também inibe a ação da enzima tirosinase, interrompendo a produção excessiva de melanina. Mas, o que faz com que ele seja tão utilizado é o fato de poder ser aplicado até mesmo em gestantes. Além disso, esse ácido é seguro para todos os tipos de pele, inclusive as sensíveis, e pode ser adotado por períodos prolongados e mesmo no verão, já que não é fotossensível. “Não bastasse tudo isso, o ácido azeláico ainda tem ação anti-inflamatória, o que justifica ele ser uma boa opção de tratamento clareador para quem tem acne ou fica mais suscetível a ter espinhas durante os dias quentes, permitindo que você combata dois problemas de uma só vez”, destaca o doutor Daniel Cassiano.

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