Realizado em Paris, um dos mais importantes eventos internacionais do setor, o IMCAS – Congresses on Dermatology and Aesthetic & Plastic Surgery, celebrou seus 25 anos com o maior Congresso Científico de Estética do Mundo. Segundo seus organizadores, nesta edição o destaque ficou por conta de uma proposta de visão global de técnicas e métodos em dermatologia, cirurgia plástica e tratamentos de ciências estéticas. Para contar o que se viu de melhor por lá, conversamos com o Dr. Dieick de Sá @drdieickdesa, biomédico especialista em aprimoramento estético, que esteve no evento
Deise Garcia @deisegarcia
NE E a sua primeira edição de IMCAs? Se for, qual sua impressão sobre o evento em geral? Caso não seja, o que esta edição teve de diferente em relação às anteriores?
Dr. Dieick Já estive presente no IMCAS algumas vezes, é realmente um congresso que traz muita novidade e muito conteúdo sobre novas tendências e tecnologias. Este ano em especial percebi que o evento estava bastante concorrido, por isso, acho fundamental também participar do momento com marcas parceiras, como eu fui com a Mesoestetic. Assim, é possível ter acesso a conteúdo e tecnologias de forma exclusiva.
NE O que você achou dos visitantes em geral? O nível de profissionais melhorou ou temos muitos “curiosos”?
Dr. Dieick O público do evento é muito qualificado, por isso também é um ótimo momento para fazer networking. Lá estão presentes os principais profissionais do mundo, médicos, biomédicos, dermatologistas, experts em cabelos, cosmetólogos. Todos com muita bagagem de conhecimento e atendimento clínico.
NE Por que vale a pena participar de um evento assim?
Dr. Dieick É um momento único para encontrar as melhores inovações para as minhas pacientes. Mas é importante mergulhar no conhecimento e estar aberto às experiências, assim, também já aproveito este momento para juntar as inspirações e pensar no planejamento da minha clínica, em tudo que vou oferecer de diferencial no ano para minhas pacientes.
NE Quais as 3 maiores novidades em facial? Como são, como funcionam, quando chegam ao Brasil?
Dr. Dieick Temos novidades para chegar ainda no primeiro semestre no Brasil, tanto para a firmeza da pele quanto para o tratamento de acne, ambos tratamentos com grande procura no nosso país. Por exemplo, temos a linha Mesoestetic para o controle de oleosidade e também prevenção da acne por meio da modulação dos receptores ativos nas glândulas sebáceas, impedindo que elas sejam acionadas e produzam o sebo. Há também duas novas tecnologias de preenchedores, o Mesofiller com ácido hialurônico de maior resistência e segurança para a pele e também a TriHex, trazida pela Galderma, que pode ser usada ou não com equipamentos e oferece um néctar para a pele, auxiliando no rejuvenescimento e recuperação cutânea.
NE E quais as 3 maiores novidades em corporal? Como agem, o que são e quando chegam ao Brasil?
Dr. Dieick A grande novidade para o corporal que vi por lá foi o preenchimento corporal com ácido hialurônico, que é mais seguro, para a região do peitoral para conseguirmos dar mais volume nesse músculo e que também pode ser feito na panturrilha, coxa, bíceps, braço e deltóide. Ele não é um preenchedor que tem muita movimentação, é mais fixo mesmo, o que colabora com um melhor resultado. É ideal para dar volume para essas regiões em que o biotipo do paciente não consegue se desenvolver tanto ou até mesmo para aqueles que não praticam tanta musculação. Além disso, também temos as associações dos bioestimuladores juntamente com o ácido hialurônico, com novidades de maior projeção que oferecem maior densidade dérmica e volume juntamente com o ácido hialurônico mais reticulado que além do volume também age para correção de depressões, que acontecem nos glúteos, por exemplo.
NE Qual novidade de todas que você viu é a sua aposta como a que vai dar mais certo aqui no Brasil?
Dr. Dieick Temos a nova tecnologia de preenchedor, o Mesofiller que é um preenchimento dérmico de ácido hialurônico reticulado com alta pureza, durabilidade e eficácia para a face e também o PDRN, composto para regeneração e qualidade da pele, que hoje já é o 2º procedimento mais realizado na Coreia do Sul e Estados Unidos e promete ser sucesso no Brasil.
NE Na sua avaliação, o que está mais adiantado: a tecnologia dos equipamentos ou a tecnologia dos cosméticos em geral? Por quê?
Dr. Dieick As tecnologias mais adiantadas no Brasil são as dos dermatocosméticos. Isso porque temos um cenário de maior facilidade para a entrada desses novos ativos que são colocados nas fórmulas dos produtos. Por exemplo, neste ano o congresso falou ativamente dos exossomos e já temos a Mezzo no Brasil com um produto com essa tecnologia. Porém, para os injetáveis já temos produtos lá fora, mas que ainda não chegaram no Brasil, como uma das novidades da Galderma de regeneração celular também com exossomos.
NE O que você viu e não te convenceu de jeito nenhum?
Não fiquei muito convencido com as tecnologias de aparelhos que vi por lá. Como os de ultrassom micro e macrofocados, senti que os avanços e diferenciais entre os modelos estão menores, tem sim novidades como maior rapidez para a execução do tratamento e atualizações para redução de desconfortos, mas a tecnologia é muito similar e com a mesma finalidade do que já existe no mercado hoje.
NE O que você já trouxe “na mala” para seus pacientes?
Eu já sou o primeiro brasileiro a usar o Mesofiller, até ganhei um prêmio da Mesoestetic em Paris. Então esse, com certeza, já está no Brasil comigo para minhas pacientes.
NE O que esperar da edição 2025?
Ainda mais tecnologia! Tanto em equipamentos quanto em cosméticos e injetáveis. A tendência é vermos cada vez mais preenchedores mais delicados e com melhor aderência a pele para um resultado mais natural, além de produtos que proporcionem melhor textura e elasticidade, assim como um envelhecimento de melhor qualidade para a pele.
FRASE
“É um ótimo momento para fazer networking. Lá estão presentes os principais profissionais do mundo, médicos, biomédicos, dermatologistas, experts em cabelos, cosmetólogos. Todos com muita bagagem de conhecimento e atendimento clínico”