O mercado brasileiro de Estética vive um momento de forte expansão; é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos do mundo, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps). Impulsionados por esse cenário promissor, muitos profissionais da área estão se tornando empreendedores e buscando abrir suas próprias clínicas.
No entanto, um dos primeiros e mais importantes passos é a escolha dos equipamentos — investimento que impactará diretamente a qualidade dos serviços oferecidos, a satisfação dos clientes e, consequentemente, o sucesso do negócio.
Pensando nisso,numerei critérios essenciais na hora de montar o seu negócio, de acordo com a experiência que adquiri no decorrer do tempo.
1. Público-alvo e tratamentos oferecidos
O primeiro passo é definir claramente os tratamentos que a clínica pretende oferecer, pois isso lhe dará uma direção de quais equipamentos serão necessários. Se o foco for rejuvenescimento facial, por exemplo, tecnologias como laser fracionado, radiofrequência e ultrassom microfocado podem ser priorizadas. Já para body sculpting, aparelhos de criolipólise ou ultrassom cavitacional são mais apropriados.
Conhecer o perfil dos clientes também é fundamental, uma vez que alguns buscam procedimentos minimamente invasivos, enquanto outros preferem tecnologias de última geração, mesmo com um custo mais elevado.
2. Tecnologia e eficácia dos equipamentos
Outro grande critério a ser avaliado é a eficácia e a segurança dos dispositivos. Optar por aparelhos com comprovação científica e registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ou em órgãos reguladores equivalentes, garante que os resultados sejam consistentes e seguros para os pacientes.
É importante pesquisar marcas reconhecidas e de boa reputação no mercado. Equipamentos ultrapassados ou sem embasamento científico podem comprometer a satisfação dos clientes e, consequentemente, a reputação da clínica.
Pesquisar, comparar opções e, se possível, testar os aparelhos antes da compra também são práticas que ajudam a garantir um investimento de qualidade.
3. Treinamento de equipe e infraestrutura local
O suporte técnico e a capacitação da equipe também não podem ser deixados de lado. Mesmo os melhores equipamentos só entregam resultados satisfatórios se forem operados corretamente. Verifique se o fornecedor oferece treinamento para a equipe e se há possibilidade de atualizações periódicas.
A clínica também deve estar preparada em termos de infraestrutura, pois alguns aparelhos exigem adaptações elétricas, como tomadas específicas ou sistemas de refrigeração.
4. Equipamentos multifuncionais
Uma estratégia inteligente para clínicas que estão começando ou querem otimizar espaço e investimento é optar por dispositivos multifunções. Por combinar várias tecnologias, eles podem oferecer diversos tratamentos sem a necessidade de múltiplas máquinas.
Algumas plataformas integradas reúnem recursos de radiofrequência, ultrassom e vacuoterapia, tornando-se versáteis para diferentes protocolos estéticos. Além de economizar espaço físico, essa solução reduz custos de manutenção e simplifica o treinamento da equipe.
5. Durabilidade do equipamento Por fim, é válido considerar a longevidade do investimento. Escolher aparelhos com possibilidade de upgrades ou que tenham uma vida útil mais longa pode ser uma boa estratégia para evitar gastos frequentes com manutenções e substituições.