Dossiê Pele e clima

O clima e seus impactos na pele e nos protocolos de estética

A mudança da temperatura deixou de ser um prognóstico para se tornar uma realidade, e, diante desse novo cenário, é essencial entender como a pele é afetada pelas ondas de calor extremo, pela baixa umidade do ar e pela poluição intensa bem como se atualizar sobre quais alterações devem ser feitas nos tratamentos estéticos e indicações para home care – disso vai depender, daqui para frente, a segurança e melhor resultado do seu trabalho

Shâmia Salem @shamiasalem

  1. Como as peles seca, madura, oleosa ou com tendência à acne são impactadas pelo calor extremo?

“Tanto a pele madura quanto a seca, que têm como uma de suas principais características a pouca hidratação, se ressecam ainda mais, ficam mais suscetíveis a irritações e ao envelhecimento precoce. Já a pele oleosa, com tendência a acne e até a mista, por naturalmente possuírem uma camada de óleo muito intensa e suas glândulas sudoríparas soltarem mais água e mais suor diante do calor excessivo, entupindo os folículos, acabam tendo uma tendência maior à foliculite”, resume a dermatologista e mestre em ciências da saúde Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e International Fellow da Academia Americana de Dermatologia.

  • E quais os efeitos do clima seco e da poluição na pele?

“A baixa umidade do ar podeprejudicar a barreira cutânea e a capacidade da pele de reter água, favorecendo o ressecamento, além de aumentar o risco de irritações e doenças, visto que a proteção da pele contra agressores externos fica comprometida. A poluição, por sua vez, libera metais tóxicos pesados e particulados, todos ligados à formação de radicais livres que resultam em envelhecimento precoce, com aparecimento de flacidez e linhas de expressão devido à destruição do colágeno”, diz a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Com a formação de radicais livres e produção de espécies reativas de oxigênio, a poluição induz ao estresse oxidativo, secreta citocinas pró-inflamatórias e colabora com o aumento de metaloproteinases, que causam um processo de ruptura e destruição das fibras de colágeno e elastina”, completa a dermatologista Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

  • As mudanças climáticas têm levado profissionais que atuam na área da saúde estética a fazerem alterações em seus protocolos de beleza? Pode compartilhar a sua experiência pessoal?

“As atuais alterações do clima me levaram a fazer uma série de mudanças nos meus protocolos, principalmente os domiciliares”, afirma a dermatologista Mônica Aribi. Na prática, ela conta que tem trocado sabonetes mais agressivos por versões mais cremosas, que não retiram tanto o óleo da pele; e substituído tônicos alcoólicos por água micelar, água termal ou até mesmo soro fisiológico. “Devido ao tempo seco e com queimadas também tenho evitado prescrever ácidos em geral, inclusive o retinóico ou mesmo o glicólico, e acabo buscando mais nutrição e cuidado com niacinamida e vitamina C, por exemplo”, completa ela.

  • Pele com muitas sujidades e radicais livres pela poluição e queimadas, mais desidratada e oleosa pelo calor excessivo… Diante dessas alterações, é recomendado realizar algum tipo de preparo antes de aplicar procedimentos como peeling, laser, injetáveis ou tecnologias?

Segundo a dermatologista Mônica Aribi, neste momento, as peles realmente precisam de uma boa limpeza profissional antes de iniciar qualquer procedimento. Só assim para a pele estar mais saudável e equilibrada para receber cuidados estéticos específicos. “De maneira geral, outro cuidado é o de realizar procedimentos menos agressivos quando o clima estiver mais quente e seco. Em tempos assim, no meu consultório, por exemplo, suspendo os peelings de ácido retinóico e glicólico para fazer mais o lhala peel e outros que não descamam tanto a pele”, conta a médica.

  • E após os procedimentos estéticos, é recomendado algum cuidado especial para evitar reações devido ao calor ou poluição excessivos?

Mônica Aribi sugere aplicar compressas frias de chá de camomila, água filtrada ou soro fisiológico tanto antes quando após o uso de tecnologias e de injetáveis. Já no caso dos peelings, ela recomenda utilizar hidratantes ricos em água e com ação regenerativa, reestruturante e restauradora da pele. “Também gosto muito de loções fitoterápicas à base de pepino. E, atenção, gelo deve ser evitado, ao contrário do que muita gente tem mostrado nas redes sociais”, avisa ela.

  • Em períodos de tanta poluição e calor é indicado que o paciente reagende algum procedimento, como peeling ou laser, ou até mesmo o substitua por algum outro tratamento?

“Acredito que não. Mas, tudo vai depender da avaliação individual e personalizada realizada pelo profissional de estética em cada paciente. De maneira geral, neste momento especificamente, em que temos uma alta poluição do ar devido às queimadas, recomendo firmemente aumentar a frequência da limpeza profissional de pele e, em casa, realizar esfoliações suaves com mais regularidade, além de manter o skincare adequado ao tipo de pele. Isso é suficiente para que a pele fique saudável e preparada para receber os protocolos indicados pelo profissional de estética”, afirma Mônica Aribi.

  • É válido suspender o uso de ácidos em tempos de calor extremo?

“Sim”, diz a dermatologista Mônica Aribi, que reforça achar bastante interessante substituir o uso de ácido retinóico, glicólico e retinol por ativos com ação nutritiva, protetora e antioxidantes, como as vitaminas C e E, a niacinamida e o ácido ferúlico.

  • Em relação aos dermocosméticos, quais ativos estão entre as melhores pedidas em situações de baixa umidade do ar e calor extremo?

“Atualmente temos inúmeras ótimas opções de ativos cosméticos. Para ficar nos mais usados e queridinhos, cito o ácido hialurônico micronizado, que é um polissacáride, capaz de atrair e reter a água dentro da pele; a vitamina C, por ser um antioxidante potente e ainda ter efeito hidratante; e a vitamina E, que é um pouquinho oleosa e, por isso, umecta muito bem a pele”, diz Mônica Aribi.

  • Como o reforço na hidratação é capaz de ajudar a pele a lidar com os danos causados pelo ar mais seco e poluído?

Sem o risco de exagerar, a hidratação cutânea está entre as etapas mais importantes da rotina de skincare para a manutenção da saúde e beleza da pele, e se faz ainda mais essencial diante do clima seco. “A hidratação ajuda a manter a umidade natural e a fortalecer a barreira de proteção da pele contra agressores externos, além de melhorar a textura e a suavidade cutânea e minimizar a aparência de poros dilatados e irregularidades”, explica a dermatologista LilIan Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que recomenda o uso de hidratantes adequados ao tipo de pele. “O ideal é apostar em produtos formulados com ingredientes específicos, como ácido hialurônico e ceramidas, que potencializam a hidratação ao reter a umidade na pele”, aconselha a especialista.

  1. Como fica a função dos antioxidantes diante da maior poluição do ar que estamos vivenciando devido ao clima seco e intensificado pelas queimadas?

“O sabonete consegue eliminar as partículas maiores de poluição, mas as menores são capazes de penetrar profundamente nos poros e causar danos. O PM 2.5, por exemplo, é um material particulado de 2,5 micrômetros, isto é, 100 vezes menor que um fio de cabelo, que, ao ser depositado na pele, causa danos à barreira cutânea, formação de radicais livres e envelhecimento celular”, diz Paola Pomerantzeff, que, para um contra-ataque, recomenda incluir o uso de substâncias antioxidantes e antipoluição na rotina. “Os antioxidantes, como a vitamina C, a niacinamida e o resveratrol, entre outros, combatem o excesso de radicais livres, ajudando a impedir os danos da poluição”, reforça ela.

  1. Como os ativos antipoluição podem colaborar com a pele?

“Os ingredientes antipoluição podem ter diversos mecanismos. Por exemplo, o Exo-P, que pode ser manipulado em sabonetes, espumas ou fluidos de limpeza, reduz a adesão do PM 2.5, além de ‘sequestrar’ metais pesados. Também reduz a atividade dos radicais livres e protege a pele e a integridade celular contra os poluentes”, esclarece a farmacêutica Maria Eugênia Ayres, da Biotec Dermocosméticos.

  1. Com o ‘clima virado’, muita gente acredita que o esfoliante deve ser evitado; isso faz sentido?

“Pelo contrário! O esfoliante não só ajuda alimpar efetivamente os poluentes da pele, como é uma das melhores estratégias para potencializar a hidratação proporcionada pelos dermocosméticos. Afinal, o produto remove as células mortas da superfície da pele, deixando-a mais suave, luminosa e com aparência renovada, além de aumentar a eficácia dos produtos hidratantes que serão aplicados em seguida”, destaca Lilian Brasileiro, que alerta: “Isso não quer dizer que é preciso esfoliar a pele diariamente, pois o uso excessivo do esfoliante pode causar irritação, vermelhidão, sensibilidade, efeito rebote na oleosidade e até piorar manchas. A frequência ideal pode variar de acordo com o tipo de pele e a sensibilidade individual, mas, em geral, é recomendado realizar esse cuidado semanal ou quinzenalmente, de preferência usando um produto suave, caso do elaborado com microesferas de arroz e damasco.

  1. Diante desse ‘novo normal’ do clima, continua sendo válido o profissional de estética reforçar que o paciente aumente a ingestão de líquidos?

“Sem dúvidas que sim!Quando o assunto é hidratação da pele, muitas pessoas recorrem a produtos e procedimentos caros, mas esquecem que a ingestão de água é um dos hábitos mais importantes para manter a pele saudável e radiante. O consumo adequado melhora a aparência e a saúde da pele, tornando-a mais hidratada, suave e flexível, além de ajudar a eliminar as toxinas do corpo, o que pode reduzir o aparecimento de manchas e acne. Em contrapartida, beber pouca água torna a pele ressecada, áspera, escamosa e sem brilho”, esclarece Lilian Brasileiro, que lembra que, de maneira geral, a recomendação é ingerir diariamente de 30 a 35 ml de água por quilo de peso corporal. “No entanto, esse valor pode ser maior dependendo de alguns fatores, incluindo a temperatura”, pontua.

  1. Com a alteração brusca da temperatura, a limpeza profunda da pele, realizada pelo profissional de estética, passa a ter um novo papel?

“Associar limpeza profissional profunda, inclusive dos micro poluentes, com boosters de hidrataçãoproporciona um verdadeiro skincare de consultório, passando por todas as etapas indispensáveis no cuidado diário com a pele, mas de maneira muito mais potente. Dessa forma, há uma melhora instantânea da qualidade do tecido cutâneo, uniformizando a textura e aumentando a firmeza, viço, maciez, hidratação e brilho. Como também há uma desobstrução dos poros e melhora da vascularização cutânea ao unir limpeza profissional e boosters de hidratação, temos ainda uma maior penetração e eficácia dos dermocosméticos utilizados diariamente na rotina skincare”, garante o dermatologista Renato Soriani, ex-coordenador do departamento de laser e tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (período de 2017 a 2021).

  1. Como a má qualidade do ar, intensificada pelas queimadas e pelo clima quente e seco, atinge quem tem pele sensível ou sofre com dermatite e outras doenças cutâneas?

O aumento do gás carbônico intensifica o processo inflamatório gerado pelo corpo. E, entre os principais sinais disso expressados pela pele estão ressecamento, descamação, aspereza, vermelhidão e fissuras. “Pessoas que já têm dermatites e doenças de pele são mais sensíveis a essas mudanças de clima; e as áreas mais atingidas são as pálpebras, o pescoço e as regiões de dobras e atritos, como axilas, cotovelos, joelhos e virilha. Como consequência, há sensibilidade ao toque, coceira, ardência e, em casos mais graves, sangramento”, destaca a dermatologista Paula Sian. Nessas situações, além de ingerir bastante água, usar máscara facial e tomar banhos rápidos de morno para frio, é importante aplicar hidratante várias vezes ao dia, reservar o sabonete apenas para as áreas de cheiro (axila, genital, anal e pé) e consultar um dermatologista para esclarecer a necessidade de entrar com antialérgicos e até mesmo pomadas de corticoide. “É importante ressaltar que, dependendo do quadro, tratamentos estéticos devem ser suspensos até que a pele se recupere por completo”, completa a médica.

  1. Por que a mudança do clima tem feito com que mais pessoas reclamem da oleosidade da pele bem como de brilho excessivo e poros dilatados?

“As temperaturas e a umidade mais altas fazem com que as glândulas sebáceas aumentem sua produção, deixando a pele ainda mais oleosa. Além disso, para tentar manter a pele hidratada durante a exposição solar, o corpo acaba produzindo mais óleo”, comenta a dermatologista Carla Presti, gerente médica da Mantecorp Skincare. “E não só isso: o aumento da produção de suor pelo corpo para manter a temperatura corporal mais baixa associado à maior produção de sebo podem levar à acne ou piorá-la. Por isso, é necessário conhecer esses efeitos para orientarmos os cuidados adequados. Justamente por conta de tudo isso, é preciso ir além de somente conhecer os produtos para pele oleosa. É necessário possuir a compreensão de como os ativos, presentes em sua composição, se comportam na pele e impactam a produção de sebo”, diz ela, que cita alguns dos ingredientes mais usados nessas ocasiões:

  • Ácido salicílico – Derivado da casca de salgueiro, regula a produção de sebo e tem ação anti-inflamatória. Por ser um beta-hidroxiácido com propriedades queratolíticas e antimicrobianas, o ácido salicílico promove renovação celular, afina a camada mais superficial da epiderme, desobstruindo poros, e evita a contaminação por bactérias, auxiliando no tratamento da acne.
  • Niacinamida – Também conhecida como vitamina B3, apresenta múltiplas ações, como ser hidratante, estimular a síntese de lipídeos e proteínas (ceramidas) na pele, auxiliar na manutenção da barreira cutânea, reduzir a produção de sebo, ser antioxidante e anti-inflamatória.
  • Zinco PCA – Com forte atuação bioquímica age por meio da inibição da enzima 5-α-redutase, responsável pela conversão de testosterona em di-hidrotestosterona, esta última sendo responsável por ativar as glândulas sebáceas. Outro benefício do mineral é a atividade antimicrobiana comprovada contra diversos microrganismos.
  • Extrato de hamamélis – Popularmente conhecido por suas qualidades purificantes e refrescantes, também é adstringente, calmante, antibacteriano e cicatrizante.
  1. Em meio às ondas de calor, também estamos vendo quedas bruscas na temperatura. Quais as recomendações para cuidar da pele sensível e sensibilizada?

“A camada de proteção cutânea fica comprometida nos dias frios, aumentando as queixas de ressecamento e sensibilização da pele. E, para quem já sofre com a sensibilidade, a tendência é de piora do quadro, com chances do surgimento de coceiras, alergias e até mesmo infecções”, resume a dermatologista Gabriela Guerra Penha. Segundo ela, o manto lipídico da pele se reduz naturalmente sob temperaturas mais frias, comprometendo a hidratação natural. “Alguns hábitos, como banhos quentes e o uso de produtos inadequados, podem agravar a situação, deixando a pele mais exposta a dermatites e ao ressecamento. Daí a necessidade de readequar o skincare do paciente, privilegiando produtos mais hidratantes, que ajudem a manter a barreira de proteção natural, como aqueles com ceramidas e glicerina; e usar um gel de limpeza que não seja agressivo, a exemplo dos com tecnologia Syndet. Incluir ativos calmantes também diminui as chances de vermelhidão e sensibilização”.

  1. Que o melasma é um dos problemas mais associados às altas temperaturas não há dúvida, mas, qual o papel do colágeno diante das manchas?

“Muita gente não sabe, mas, a falta de colágeno provoca uma instabilidade no melanócito, que é a célula produtora de melanina. Isso justifica a importância de realizar procedimentos que estimulem o colágeno para dar mais estabilidade ao melanócito e, com isso, contar com mais um aliado no combate ao melasma”, diz a dermatologista Tatina Mattar.

  1. A pele da área dos olhos, por ser fina, delicada e pobre em glândulas sebáceas, é uma das que sofrem de maneira mais rápida e nítida com os danos causados pelo clima. Com isso, as olheiras ficam ainda mais evidentes; o que funciona nessas condições?

A dermatologista Tatiana Mattar avisa que se a olheira for escura ou profunda, creme sozinho não funciona. “Para clarear a área, só com tratamento vascular, como o laser. Mas, se a olheira for profunda, a gente só resolve com preenchimento com ácido hialurônico. Seja qual for o caso, vale a pena combinar o uso de cosméticos – os à base de cafeína, por exemplo, melhoram a circulação local, prevenindo a pigmentação e o inchaço, enquanto os que têm ácido hialurônico favorecem a hidratação, reduzindo as linhas finas”, diz ela.

  • A atual onda de protetores solares superfluidos é válida para os dias de calor intenso?

Muita gente acha que esses novos filtros levíssimos, à base de água, não protegem tanto quanto as versões em loção, creme ou stick. “Mas isso é só impressão, já que o que vale é o FPS, independentemente do veículo do produto. É importante ressaltar também que esses filtros fluidos são indicados para todos os tipos de pele, inclusive as secas e maduras, que não ficam pesadas nem meladas ao combinarem esse tipo de proteção com um hidratante mais espesso”, diz Tatiana Mattar.

  • Nestes tempos de poluição, muito tem se falado sobre o double cleasing; o que é isso, afinal?

 Segundo Tatiana Mattar, o double cleasing é umalimpeza dupla, feita para limpar profundamente a pele sem prejudicar sua barreira natural. Para fazer, bastar umedecer a pele e passar cleasing oil no rosto todo, fazer uma massagem leve, com movimentos circulares, inclusive na região dos olhos e nos cílios, para que esse óleo dissolva as sujidades e a make. Por cima, deve-se aplicar o sabonete facial para, só então, remover tudo junto, enxaguando bem.

  • A tendência anti-inflammaging tem ganhado força com a mudança do clima; o que ela significa?

De maneira resumida, essa tendência prevê que os ativos anti-inflammaging, com ação anti-inflamatória e antioxidante, entrem com mais força na rotina de skincare. “Sou fã e prescrevo há tempos antioxidantes como resveratrol, vitamina C e polypodium leucotomos, já que existem vários estudos comprovando que eles ajudam a diminuir a oxidação e o envelhecimento celular, entre eles os danos causados pelo meio ambiente”, conta Tatiana Mattar.

  • Mudanças no clima podem fazer a toxina botulínica durar menos?

Não há nada comprovado até o momento. Porém, médicos que têm estudado porque os efeitos da toxina botulínica duram cada vez menos dizem que as hipóteses apontam para a frequência das aplicações, que gera uma resposta imunológica à substância, e erros na administração. Daí a estratégia atual de associar o procedimento injetável com tratamentos que ajudem na sustentação do rosto e estimulem a regeneração e reparação da pele.

  • Com base na afirmação de que os tratamentos regenerativos serão o futuro da beleza, o que vem a ser o novo ácido hialurônico regenerativo?

Lançada recentemente, essa novidade é um ácido hialurônico que tem a proposta de melhorar a hidratação e a qualidade da pele a partir de uma inovadora técnica de aplicação – de maneira resumida, ela consiste em distribuir menos produto em mais pontos do rosto.

  • Qual a diferença entre pele sensível e reativa e o que elas têm a ver com o clima?

A dermatologista Maria Paula Del Nero explica que a pele sensível é uma condição que pode estar relacionada a inúmeros fatores, que, em comum, têm a perda da integridade da barreira cutânea, que leva a um desequilíbrio no microbioma, deixando a pele mais suscetível à reatividade e hipersensibilidade. Já a pele reativa é uma condição que acontece quando a pele reage a estímulos externos ou internos, como calor, vento, poluição, frio, poluição, umidade, certos cosméticos ou procedimentos estéticos. Como consequência, ela fica mais seca, extremamente delicada, pode ter uma descamação fina, coceira, repuxamento e pinicação. Esses sintomas tendem a desaparecer e a pele a voltar ao seu estado normal quando o contato com o agente que levou à reação é interrompido. A médica reforça: “Em uma pele sensível não se deve fazer tratamentos que rompam a barreira de proteção cutânea, causem inflamação ou aumentem a temperatura de sua superfície, o que acontece com peeling de cristal, ácidos, microagulhamento, vapor para limpeza de pele, esfoliação mecânica ou química. Mas, o profissional de estética pode fazer máscaras calmantes e hidratantes, lasers de baixa potência, massagens, drenagem linfática facial ou laser Q-Switched”, exemplifica Maria Paula Del Nero.

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