O grande escritor português José Saramago falou uma vez que “estar no mundo e não ver o mundo é uma forma de cegueira mental”. Acredito que, mais do que nunca, precisamos de uma sociedade mais consciente do que acontece no mundo e os setores de Beleza e de Estética caminham também para isso.
Como curiosa e estudiosa que sou, busco sempre perceber o futuro das coisas. As tendências mundiais apontam que hoje há uma valorização do que é real, do que somos em essência, e isso nos leva a refletir sobre os nossos próximos passos, inclusive dentro dessa linda profissão. Mas, antes de tudo, gostaria de lembrar à você, profissional da Estética, a importância de estarmos preparadas para perceber a chegada dessas macrotendências.
Cada vez mais, as clientes e o mercado respondem a essas demandas mundiais, e precisamos ficar atentas para estarmos alinhadas a tudo isso. Produtos orgânicos, veganos, a onda K-Beauty, a personalização, tudo isso é sinônimo dos novos tempos e um esteticista antenado deve ver, perceber e entender o que vem por aí.
E não pense você que é puro “achismo” meu. Os dados estão aí. Por exemplo, a busca por produtos com ingredientes de origem natural, segundo pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), cresce entre 8% e 25% ao ano no mundo todo. A nova geração é ainda mais engajada: 75% dos millennials buscam produtos de beleza de marcas com preocupação sustentável. E mais: estão dispostos a pagar mais caro por isso.
A personalização, por exemplo, foi identificada como uma das grandes tendências do setor. Os serviços e cosméticos customizados ganham destaque no segmento porque os consumidores buscam soluções únicas, desenvolvidas especialmente para suas necessidades. Ainda há espaço para crescermos aqui. Dados de uma pesquisa realizada pela Mintel mostram que 40% das americanas que usam maquiagem se dizem frustradas por não encontrarem produtos que combinam com o tom de pele delas. Por aqui, 33% das brasileiras dizem que gostariam de ver mais anúncios com pessoas de diferentes tipos e formatos de corpo, mostrando também que apenas um padrão, exclusivo, não serve mais.
O exercício é imaginar como será o futuro daqui a cinco anos. E daqui a 10 anos? Este texto é uma provocação para que você se inspire em ser curioso, em ser ousado, em ser disruptivo. Seja questionador, fuja do óbvio, das respostas prontas. Mude sempre sua perspectiva sobre o mundo e esteja atento às novidades, tendências e acontecimentos que ganham força dentro da nossa sociedade. Faça isso agora e no futuro!
