Mesmo com a febre dos procedimentos injetáveis, do ultrassom microfocado e da radiofrequência, o laser continua sendo o queridinho dos consultórios, especialmente neste momento em que há novas tecnologias para reverter os sinais de envelhecimento. Saiba mais sobre elas e aproveite para tirar algumas das principais dúvidas envolvendo método.
Shâmia Salem (@shamiasalem)
1. Há algum laser para tratar especificamente os lábios, especialmente quando eles parecem envelhecidos por estarem com linhas de expressão, ressecados e descamando?
Sim. Uma novidade para revitalização labial que vem sendo usada pelo dermatologista Cyro Hirano, do Rio de Janeiro, é o laser erbium. Segundo o médico, essa tecnologia promove o aquecimento da delicada pele da região e faz microperfurações capazes de destruir as células envelhecidas e estimular intensamente a produção de colágeno e elastina. Como resposta, há uma redução das linhas finas, melhora da qualidade, da textura e da hidratação cutânea e mais viço.
2. Como funciona o laser que deve ser aplicado na cavidade oral, ou seja, por dentro da boca?
Segundo a dermatologista Simone Neri, de São Paulo, o chamado laser intraoral atua na região da mucosa por mecanismo não ablativo, em que há modificações térmicas sem remoção do tecido ou outras lesões. “Há estímulo do colágeno de dentro para fora, o que potencializa a profundidade de ação local e aumenta consideravelmente a retração interna do tecido, reduzindo rugas e linhas de expressão da região perioral ao mesmo tempo em que favorece a aparência de lifting malar e adjacências”, explica ela.
3. Por que o laser Q-Switched é uma boa opção contra o melasma?
“A grande vantagem do Q-Switched está na velocidade do disparo de sua energia, que é rápida o suficiente para quebrar o pigmento causador da mancha sem provocar o aquecimento da pele – o que fatalmente escureceria ainda mais a marca”, esclarece a dermatologista Simone Neri.
4. Manchas senis respondem bem à qual laser?
“Particularmente, gosto muito de associar luz intensa pulsada com um laser ablativo pararemover a camada de pele dando clareamento e, ao mesmo tempo, rejuvenescimento”, justifica Simone Neri.
5. E quanto às sardas, é possível apagá-las com tecnologia?
Sardas são as manchas com maior potencial de clareamento por serem um alvo fácil para o novo equipamento ZYE, que usa a ponteira de luz pulsada junto com o laser acroma. Para ter ideia, com essa técnica é possível apagar pelo menos 95% das sardas com uma a três sessões ou, se a paciente preferir, dar uma boa clareada para amenizar o chamado aspecto de “sujo” ou “enferrujado”.
6. Como é feito o chamado peeling de veludo?
O procedimento é realizado com o laser de erbium, que, de acordo com a dermatologista Valéria Campos, de Jundiaí (SP), passou por uma modificação física para que se adequasse aos tempos atuais, em a preferência é por técnicas menos invasivas, que não provoquem dor nem exijam downtime. Assim, agora a tecnologia é entregue de maneira mais devagar para não dar um impacto tão grande no tecido, o que resulta numa coagulação mais leve e na tal aparência de pele de veludo.
7. Como é a atuação do laser de picossegundos, tido como uma novidade mundial?
Essa tecnologia se encaixa nos lasers de muita potência, que podem ser usados de maneira fracionada e são indicados para rejuvenescimento e manchas. “O laser tem esse nome porque emite pulsos em picossegundos, ou seja, um segundo dividido por trilhões, um trilionésimo de segundo. Isso é algo tão veloz que faz com que o laser atinja o alvo sem prejudicar a pele sadia ao redor, o que garante alta segurança, desconforto mínimo, rápida recuperação e redução no número de sessão”, destaca o dermatologista Renato Soriani, de São Paulo. Na prática, essa energia penetra na pele para provocar a quebra da melanina sem prejudicar a integridade da superfície cutânea. Por isso é que se a vermelhidão do rosto perdurar até o dia seguinte ela pode ser disfarçada com corretivo, base, BB cream ou protetor solar com cor. Outra vantagem do laser de picossegundos é que ele pode ser utilizado em peles negras e morenas, conforme estudo realizado pela dermatologista Valéria Campos na Faculdade de Medicina de Jundiaí e apresentado este ano no XVII Congresso AECD – Atualização e Especialização em Cirurgia Dermatológica, Tecnologias e Rejuvenescimento.
8. Por que combinar laser com preenchimento é uma das receitas de mais sucesso contra as olheiras e a expressão de cansaço e envelhecimento que elas imprimem no rosto?
Segundo a dermatologista Tatiana Mattar, a maioria das olheiras tem mais de um componente, por isso precisam de laser, para tratar pigmentos e vasos, e de preenchimento com ácido hialurônico, para reduzir o efeito encovado e diminuir a sombra que ele cria sob os olhos, dando, assim, o resultado de clareamento, rejuvenescimento e leveza à face.
9. Há um novo jeito de tratar acne ativa que inclui o uso do laser?
“Antes, acreditávamos que primeiro era preciso tratar a acne ativa e só depois que a pele não tivesse mais lesões poderíamos entrar com o laser. Mas, com as inovações esse protocolo foi revisto. Agora, podemos usar uma tecnologia com potência mais leve, como o filtro 390 da luz pulsada, que tem uma importante ação anti-inflamatória e efeito antibactericida, para ajudar a pele desinflamar; associado ao tratamento tópico e sistêmico e, se precisar, com o Roacutan inclusive”, diz a dermatologista Tatiana Mattar.
10. De que forma o laser pode ajudar a rejuvenescer o olhar que parece envelhecido devido à queda da sobrancelha que tem micropigmentação?
Tatiana Mattar diz que em casos assim não adianta fazer apenas toxina botulínica na cauda da sobrancelha, mesmo que em associação com o ultrassom microfocado para promover um lifting ao contrair o músculo e o colágeno da região dos olhos. “Se a micropigmentação não tiver sido bem-feita é preciso, primeiro, eliminar os pigmentos com laser, como o acroma, depois refazer a micropigmentação e, só então, entrar com o lifting para, após 30 dias, fazer a toxina”.
11. Como o laser pode ajudar a reverter a atual onda do chamado Ozempic Face, em que o rosto fica com o aspecto de estar derretendo e envelhecido?
Afisioterapeuta dermatofuncional Andréa Melo, do Rio de Janeiro, conta que tem atendido muitos pacientes com essa reclamação. “As partes do rosto que mais sofrem com o emagrecimento acelerado provocado pelo uso errado e exagerado do Ozempic são as bochechas, que têm uma diminuição de seus coxins gordurosos, e o contorno facial, que perde a definição. Como consequência dessas alterações você vê ainda o aparecimento de rugas e linhas finas, o afundamento dos olhos e a perda de viço e tônus pela pele – um combo que faz a pessoa parecer que está em um envelhecimento acelerado, abatida e cansada”, diz. Apesar de nos Estados Unidos haver uma corrida aos cirurgiões plásticos para reverter o problema, a profissional afirma que há formas bem menos invasivas de solucioná-lo: “Tenho tido ótimos resultados com o uso de laser fracionado, bioestimuladores e ultrassom microfocado, que, juntos, estimulam intensamente o colágeno, reduzem a flacidez e as rugas, promovem a ancoragem muscular e uma melhora geral do aspecto cutâneo”, fala ela, que sugere cautela com o uso de preenchimento pelo risco do paciente voltar a engordar.
12. Em um tratamento antienvelhecimento feito com injetáveis como fica o uso de laser de depilação?
“Não há problema nenhum em realizar esse tipo de laser em locais que receberam procedimentos injetáveis, desde que se dê aguarde pelo menos 15 dias entre a aplicação do preenchimento ou da toxina botulínica e o uso do laser. Não respeitar esse intervalo e aplicar a tecnologia no mesmo dia pode fazer com que as substâncias injetadas migrem para outros locais e causem até mesmo um granuloma de corpo estranho”, alerta o dermatologista e professor Abdo Salomão, de Minas Gerais, que é membro da Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia.
13. Como o laser atua no rejuvenescimento íntimo?
A ginecologista e obstetra Eloísa Pinho, de São Paulo, lembra que, assim como o restante do corpo, a área genital envelhece, perde colágeno, fica flácida, murcha, ressecada. E isso pode impactar de maneira negativa no bem-estar, na autoestima e até mesmo na autonomia da mulher sobre seu próprio corpo e sua sexualidade, já que fica difícil segurar o xixi e a relação sexual pode se tornar dolorida, devido à menor lubrificação. “E é aí que a ponteira intravaginal do laser entra, ao estimular o colágeno e a elastina da região, melhorar o tônus e a lubrificação tanto em casos que precisam de tratamento como naqueles que desejam prevenção. Outra vantagem é que a sessão é isso de maneira rápida, indolor e não tem downtime, sendo que a única orientação é evitar relações sexuais nos cinco dias seguintes ao procedimento”, completa a médica.
14. Qual o papel do laser na remoção de preenchimento labial em mulheres maduras?
Têm surgido muitos casos de mulheres arrependidas do procedimento e que têm buscado solução no uso da hialuronidase, uma enzima que dissolve o ácido hialurônico. Um dos casos recentes e mais conhecidos foi o da influenciadora digital GKay. “Quando a pessoa é jovem a remoção do preenchimento é suficiente para a boca voltar ao que era antes ou bem próximo a isso. Porém, se ela é madura e ainda tem o agravante de fumar há o risco de surgirem rugas periorais, que podem ser combatidas, dependendo do caso, com laser para estimular o colágeno local”, diz a dermatologista Cintia Guedes, de São Paulo.
15. É verdade que agora o mesmo laser fracionado não ablativo, queridinho dos tratamentos rejuvenescedores, também será usado para auxiliar na prevenção de recidivas de câncer de pele não melanoma?
Esta foi uma das grandes novidades apresentadas no último Congresso Americano de Dermatologia, que aconteceu em março, nos Estados Unidos. “Esse tipo de laser fornece calor de maneira fracionada, deixando a pele intacta, ao contrário dos lasers ablativos, que removem a superfície do tecido cutâneo. O mecanismo de ação ainda não é completamente compreendido, mas suspeita-se que esteja relacionado à redução da carga de queratinócitos fotodanificados e ao estímulo da resposta de cicatrização de feridas, o que confere uma vantagem seletiva às células saudáveis da pele”, explica a dermatologista Valéria Campos, que é especialista em laser pela Universidade de Harvard. Um estudo apresentado no congresso mostrou que durante um acompanhamento médio de mais de seis anos a taxa de desenvolvimento de carcinoma de queratinócitos faciais foi de 20,9% em pacientes tratados com laser fracionado não ablativo e 40,4% no grupo de controle, indicando que os pacientes tratados com o laser tiveram cerca de metade do risco. Mas é importante ressaltar que, mesmo com o tratamento a laser, é fundamental investir na fotoproteção para evitar a recidiva do câncer de pele.
16. O laser pode ser uma opção para amenizar cicatrizes deixadas pelo lifting, uma cirurgia para rejuvenescimento facial?
“É preciso dizer que na maioria das vezes as cicatrizes pós-lifting facial regridem e ficam ótimas sem qualquer tratamento, porém, existe, sim, o risco de elas ficarem inestéticas. E, apesar de serem permanentes, há procedimentos capazes de ajudar a esconder, amenizar ou tornar essas marcas quase imperceptíveis, e um dos mais interessantes é o que usa o laser de CO2 para reorganizar o colágeno”, diz a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, de São Paulo.
17. Um novo estudo apontou o laser de ação ultrarrápida combinado com suplemento oral como solução eficaz e segura para tratar as manchas escuras do melasma. Do que se trata exatamente?
“A publicação recente do periódico Dermatologic Surgery mostrou que o laser de picossegundos apresenta alto grau de efetividade e segurança contra o melasma principalmente quando associado com o uso de ácido tranexâmico oral. Vale lembrar que esse laser provoca uma microfragmentação da melanina, para facilitar sua eliminação pelo organismo, e o ácido tranexâmico é uma substância já consagrada no tratamento do melasma, pois inibe que uma enzima chamada plasmina seja liberada na pele, o que ocorre após agressões, como a causada pela exposição solar, levando à estimulação de fatores relacionados com a formação de manchas escuras”, explica o dermatologista Renato Soriani. Para chegar a tal conclusão, os pesquisadores analisaram 20 estudos envolvendo 1182 pacientes e, assim, puderam comparar a eficácia com base no índice de área e gravidade do melasma após o tratamento e a incidência de efeitos colaterais de cada uma das abordagens terapêuticas apresentadas, incluindo a luz intensa pulsada, laser de CO2, peelings, substâncias tópicas e orais, microagulhamento e o laser de picossegundos, além de associações entre esses diferentes procedimentos.
18. A explosão de procedimentos estéticos exagerados, muitos deles envolvendo celebridades, bem como a força dos movimentos que pregam que a beleza não precisa ser rigidamente definida não só tem provocado uma onda de remoção de preenchimentos faciais como tem estimulado a busca por tratamentos com resultados que duram pouco. Como é isso exatamente?
“Essa é uma realidade bastante atual nos consultórios. Na contramão de quem busca procedimentos com longa duração, há quem prefira resultados temporários com uma visão de que possam ser menos assustadores; e também de que a beleza não precisa ser tão rigidamente definida, mesmo quando se trata de prevenir ou combater o envelhecimento. Esses tratamentos que não duram muito tendem a ser mais atraentes para pacientes mais jovens, que adoram usar maquiagem como forma de construir e desconstruir vários personagens em nome da liberdade e da criatividade. A boa notícia é que há excelentes opções para atender essa demanda, entre eles o chamado BB laser, que é ótimo para reduzir os poros e suavizar manchas, dando um blur na pele”, descreve a dermatologista Tatiana Mattar.
19. Como funciona o novíssimo laser que trabalha com o conceito de filtro de celular, reproduz os benefícios do BB Cream e é o atual objeto de desejo de quem deseja uma pele mais jovem e bonita sem ter que usar make todo dia?
A promessa de pele linda com efeito de maquiagem vem do laser de thulium, mais conhecido como Lavieen e popularmente chamado de BB laser e make-up tecnology. A plataforma permite alternar tratamentos de natureza ablativa e não ablativa, que podem ser aplicados em todos os fototipos para tratar manchas, melasma, poros dilatados, linhas finas, sequelas de acne, coloração irregular, lesões pigmentadas e melhora da textura geral da pele.
20. Em que pé está a polêmica envolvendo o uso de laser em peles que têm manchas e fototipos altos?
“Já há uma geração moderna de lasers com modo específico para tratar manchas, alguns deles associam o drug delivery como forma de buscar ainda mais excelência nos resultados sem o risco de efeito rebote. E, regra geral, o que é preciso ter em mente ao tratar marcas escuras e fototipos altos é poupar a camada do pigmento, tratando apenas as camadas mais profundas”, resume o dermatologista Abdo Salomão.
21. Entre os lasers disponíveis, qual pode ser usado para rejuvenescimento da área dos olhos?
“O laser fracionado ablativo é o que oferece melhor performance nessa região, ao estimular o colágeno e a contração da pele. Há casos inclusive de que ele pode eliminar ou adiar a necessidade de fazer uma blefaroplastia”, diz Abdo Salomão.
22. O laser pode substituir o bioestimulador de colágeno?
“Não diria que ele substitui o bioestimulador de colágeno, mas, sim, que ele é uma excelente estratégia para ser feito em conjunto com o injetável”, afirma o dermatologista Abdo Salomão, que esclarece: “O laser aquece e agride de maneira controlada a pele e os fibroblastos para que aumentem a produção de colágeno novo e reorganizem as fibras já existentes, favorecendo, assim, um rejuvenescimento global da pele”, completa o médico.
23. Volta e meia a atriz Alessandra Negrini vira um dos assuntos mais comentados da internet, e isso geralmente tem a ver com sua aparência sempre jovem, que não entrega que ela já passou dos 50 anos. Recentemente, ela fez um vídeo mostrando que se cuida com o Fotona; que laser é esse?
A técnica inovadora usa o laser robótico, que promove um tightening, trazendo firmeza no contorno do rosto e no pescoço. Além disso, o equipamento possui ponteiras específicas, que são usadas na mesma sessão, uma em sequência da outra, para aumentar a produção de colágeno, estimular os ligamentos por dentro da boca e promover a renovação celular, melhorando poros, textura e linhas finas.
24. Pensando em estimular o colágeno em diferentes vias, associar laser e injetáveis é uma boa estratégia?
“Boa, não, é excelente! E ainda tem a vantagem de poder realizar vários procedimentos no mesmo dia, com exceção da toxina botulínica, que deve ser feita 15 dias depois da tecnologia. Isso porque o laser tem uma ação tão intensa de estímulo de colágeno que pode fazê-lo migrar e acabar deslocando a toxina, que poderia atuar em um ponto não desejado”, avisa Abdo Salomão.
25. E em relação ao uso de fios de colágeno ou de sustentação, qual a ordem de uso com o laser?
Segundo o médico Abdo Salomão, o fio deve ser colocado após o uso da tecnologia. “Temos o receio do laser quebrar ou alterar as características dos fios, por isso preferimos não arriscar”, justifica.
26. Laser é indicado para rejuvenescer as mãos?
O laser é indicado, mas não sozinho. Regra geral, a alta tecnologia do laser consegue ler os pigmentos das manchas senis e removê-los sem machucar o tecido. E bastam algumas sessões para conquistar uma pele mais clara, uniforme e com aparência mais jovem. Porém, como com o passar do tempo também há uma perda de colágeno e elastina, que deixa a pele fina, craquelada e com os tendões à mostra, o que não só entrega como aumenta a idade, é preciso complementar o tratamento com injetáveis que estimulam o colágeno da região.
27. Com o peeling de fenol estando em alta agora por vídeos do procedimento terem viralizado nas redes sociais, há dúvidas se o laser não poderia ser uma opção bem menos radical para rejuvenescer; seria?
“O peeling de fenol realmente oferece resultados bastante expressivos, principalmente em pessoas com maior grau de fotoenvelhecimento. Porém, esse benefício tem consequências pelo fato do procedimento remover toda a epiderme e parte da derme, entre elas o risco de surgirem manchas brancas, cicatrizes, infecções e até mesmo riscos de danos ao coração e aos rins, já que o fenol pode ser tóxico. Diante disso, da dor e do pós logo e dificílimo, tecnologias não invasivas, como o laser, se mostram uma alternativa para garantir bons resultados sem risco, dor ou downtime”, afirma Abdo Salomão.
28. É exagero dizer que lasers podem tratar quase tudo em dermatologia?
A afirmação é verdadeira, já que os lasers emitem uma radiação eletromagnética que, por meio da fototermólise seletiva, atinge alvos específicos, como a água que compõe os tecidos, a melanina, que é o pigmento natural da pele, ou a hemoglobina, uma proteína presente no sangue. Com base nessas informações fica mais fácil entender que os lasers que são atraídos pela melanina são indicados para tratar hiperpigmentação, melasma e manchas senis; enquanto os que miram na hemoglobina são usados em casos de condições relacionadas à circulação sanguínea, entre elas vasinhos e vermelhidão; ao passo que os que têm a água dos tecidos como objetivo estimular a produção de colágeno, que é a proteína que dá sustentação à pele.
29. Por que o laser fracionado não é indicado para tratar colo envelhecido?
Usar tecnologias muito agressivas num colo que já está marcado pode causar problemas, como cicatrizes, ou simplesmente não trazer quase nenhuma melhora. Isso acontece porque a região possui poucas glândulas sebáceas e o processo de cicatrização é muito demorado e ruim.
30. O que é o laser injetável e como ele funciona?
Esse tratamento se chama endolift e usa uma cânula que emite laser na ponta e é passada por baixo da baixo – o objetivo é contrair a gordura, diminuindo o volume da face, e tratar a flacidez ao melhorar as fibras de colágeno. O lado B da técnica é que, como vários estudos já mostraram, nem sempre é uma boa ideia reduzir volume do contorno facial, porque isso pode gerar flacidez. O mesmo vale para o pescoço que tem gordura e flacidez associada, que exige um tratamento prévio que estimule o colágeno para que a pele da região não “caia” ao retirar a sustentação dada pela gordura.